Professores e funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) decidiram em assembleia, ontem, que permanecerão em greve por tempo indeterminado. A escolha por continuar a paralisação também foi feita por funcionários da Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (Faepu), da Escola de Educação Básica da UFU (Eseba), do Hospital de Clínicas da UFU (HC-UFU) e do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). Os servidores rejeitaram a proposta de recomposição salarial de 15,76%, durante três anos, apresentada pelo governo federal na segunda-feira (6). Amanhã, o comando nacional de greve vai se reunir com representantes do Ministério do Planejamento para apresentar a contraproposta dos servidores federais e debater os rumos da greve, que já dura 84 dias em 57 das 59 universidades federais brasileiras, além das 37 instituições federais da Educação Básica, Técnica e Tecnológica.

Os grevistas consideram que a correção salarial apresentada pelo governo federal está defasada. Segundo a pauta de reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior (Sintet-UFU), o reajuste deveria ser de, no mínimo, 28,17% para recompor as perdas acumuladas desde 2008 por causa da inflação (IPCA). “A entrada do governo federal na mesa de negociações só tende a fortalecer a greve. Pois, a partir de agora, vamos fazer valer nossas reivindicações”, afirmou Sérgio dos Santos, coordenador do Sintet-UFU e representante do comando nacional de greve em Uberlândia.

1,8 mil funcionários da Eseba e UFU estão paralisados

Um levantamento do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior (Sintet-UFU) aponta que 1,8 mil dos 3 mil docentes e servidores técnico-administrativos da Eseba e dos campi da UFU aderiram à greve. No entanto, o Sintet-UFU não fez a contagem dos grevistas entre os 3,3 mil funcionários do Hospital de Clínicas da (HC-UFU) e da Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (Faepu).

Os servidores do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) também estão paralisados. Segundo a coordenação local do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, 280 dos 700 servidores (40%) do IFTM pararam suas atividades nos campi de Uberlândia e na cidade de Uberaba.

Nova assembleia será na 2ª feira

Os funcionários técnico-administrativos estão em greve desde 11 de junho nos campi da UFU em Uberlândia, Ituiutaba, Monte Carmelo e Patos de Minas. Os docentes iniciaram a paralisação antes, em 17 de maio. Uma nova assembleia dos servidores federais de Uberlândia está marcada para a próxima segunda-feira (13), às 14h, no Centro de Convivência da UFU, no campus Santa Mônica. De acordo com Sérgio dos Santos, coordenador do Sintet-UFU e representante do comando nacional de greve em Uberlândia, essa reunião servirá para apresentar aos servidores o resultado da reunião entre o comando nacional de greve e o Ministério do Planejamento, marcada para acontecer amanhã, em Brasília.

Fonte: Correio de Uberlândia