Autoescolas denunciadas são suspensas em Uberlândia
quarta-feira, 15 de agosto de 2012As unidades das autoescolas Silvana e Mundial em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tiveram o sistema de comunicação suspenso e uma instrutora foi presa na manhã de segunda-feira (13) durante a Operação “Mão Única”, realizada pela Corregedoria da Polícia Civil (PC). O trabalho faz parte das investigações do suposto esquema de venda de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no município após denúncia veiculada na imprensa.
Por meio de nota, a Polícia Civil afirmou que a operação tinha o objetivo de cumprir 16 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária expedidos pela 3ª Vara Criminal de Uberlândia. Uma equipe do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran) participou da ação e suspenderam por tempo indeterminado os trabalhos de nove Centros de Formação de Condutores (CFC) das duas autoescolas.
Segundo a Polícia Civil, dos três mandados de prisão uma instrutora foi presa e as outras duas pessoas não foram encontradas. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos CFC das autoescolas Silvana e Mundial e outros em residências de investigados. Foram apreendidos documentos, computadores, entre outros objetos que foram encaminhados ao Ministério Público.
O promotor Genney afirmou que a investigação está em andamento e que a suspeita presa durante a operação foi ouvida na segunda-feira (13). A análise dos materiais apreendidos foi feita nesta terça (14). “Outras escolas que ainda não foram mencionadas também estão sendo investigadas”, disse.
O G1 entrou em contato com a autoescola Silvana e os funcionários afirmaram que não tem ninguém autorizado a falar sobre o caso. O advogado Marcus Vinícius Sousa Rosa, que responde pela autoescola Mundial afirmou que ela vai continuar trabalhando, mas respeitando a notificação. “Vamos trabalhar dentro da lei. Ainda está em estudo a melhor forma de trabalhar, pois ela não foi fechada, apenas houve a suspensão do sistema”, disse. O advogado afirmou que vai tomar medidas legais para tentar reverter a suspensão na justiça.
O caso
O descredenciamento das autoescolas foi um dos pedidos feitos pela promotoria de Fiscalização da Atividade Policial a representantes do Detran em Belo Horizonte no mês de julho após denúncias anônimas da fraude nas quais os alunos não aprovados nas provas eram aliciados a comprar as carteiras de habilitação. Diante das denúncias, a promotoria entrou em contato com a chefia do Detran em Belo Horizonte para sugerir ao órgão o descredenciamento imediato das duas autoescolas denunciadas.
Os promotores Genney Randro Barros de Moura e Adriano Bozola disseram que a denúncia veiculada na imprensa já era investigada desde setembro do ano passado. As verificações foram interrompidas em março deste ano, depois que informações sobre o procedimento vazaram e chegaram ao conhecimento dos envolvidos. “O acordo era que apenas as pessoas que efetuassem um pagamento na ordem de R$ 1 mil e R$ 1,2 mil fossem aprovadas. Com as reprovações constantes, a pessoa se sentia acuada, precisando do documento, não via outra chance e acabava pagando por ele”, explicou o promotor Genney.
Fonte: G1
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