Empresa de designer de Uberlândia nasce do sonho de vestir noivas
segunda-feira, 5 de novembro de 2012A menina que no passado desenhava vestidos de bonecas enquanto sonhava ser estilista e dona de um ateliê conseguiu se realizar. Mas continua sonhando para alimentar sua criatividade e inovar o negócio. Maísa Pires se emociona ao ver o resultado do seu trabalho nas noivas e nas passarelas. Em 6 anos de criação de seu ateliê, ela já vestiu cerca de 600 noivas.
Os vestidos criados pela designer de moda já foram vistos em noivas de Uberlândia, de outras cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, e dos estados de Goiás, Mato Grosso, estado do Rio Grande do Sul, além de Paris (França). Aos 12 anos Maísa Pires já pedia à mãe, costureira, para serem sócias em um ateliê que só existia na cabeça dela. Mesmo sem o estímulo a mãe para a então prematura empreitada, a adolescente continuou acreditando que seria possível.
A jovem estudou moda e formou-se em 1997. Para sobreviver financeiramente, montou um serviço de mensagens ao vivo. Posteriormente, estudou Direito, curso em que conheceu o marido, que a apoiou na conquista do seu ideal. Em 2006, Maísa Pires abriu um pequeno ateliê com o seu nome em uma casa modesta no bairro Martins. O dinheiro era pouco, mas ela não queria começar sem uma estrutura mínima.
“Fiz uma fachada bonita, fui decorando aos poucos, de acordo com as possibilidades. Os parceiros do ramo me ajudaram muito.”. Assim, nasceu o Maísa Pires Ateliê, onde trabalhavam a dona, uma atendente e uma costureira. A designer de moda concluiu o curso de Direito, mas preferiu dedicar-se apenas ao negócio que estava começando.
Anjos provocam euforia e beliscões
A criatividade e a vontade de vencer se tornaram aliadas da empresária Maísa Pires. Para divulgar seu negócio, em 2008 ela começou a promover desfiles de moda noiva. Convidou outras casas no ramo e arriscou. “Achei que ia dar umas 200 pessoas e deu 600”, disse.
O bom resultado a entusiasmou e no ano seguinte ela promoveu o segundo desfile, desta vez pensando em 400 pessoas. Compareceram 800. “Na hora que vi as 400 cadeiras, pensei ‘meu Deus, vou passar vergonha’, mas lotou.” Nesse evento, a designer de moda inovou para marcar o nome da sua grife. Levou um carro de luxo para a passarela, para a abertura e o público vibrou. A cada ano, Maísa Pires inventa algo diferente para os desfiles e o público só aumenta.
“Já levei anjos para a passarela.” Os anjos são modelos masculinos vestidos com pouquíssima roupa e que levam as mulheres, principal público dos desfiles, ao delírio. Desta foram, com bom humor e estratégias certeiras, ela fortalece a marca e divulga o negócio, que não para de crescer.
Inovações incluem criação de espaço para homens
Em 2008, o ateliê de Maísa Pires mudou-se para uma casa ampla, no mesmo bairro onde nasceu, o Martins. No novo endereço, as noivas contam o que sonham para o casamento e a estilista desenha o vestido sob medida para o primeiro aluguel. Depois da estreia, a peça pode ser relocada por um preço mais baixo. Além de vestidos de noivas, hoje a empresa trabalha com roupas para noivos, mães, madrinhas, festas em geral e formandas.
Maísa Pires emprega 12 pessoas e oferece espaço para atendimento personalizado, acessórios, carro com motorista e ambiente para sessão de fotos. Quando aluga vestidos para clientes de outras cidades, a devolução é feita pessoalmente ou pelos Correios. “Tive uma cliente que se casou aqui para a família dela e em Paris para a família do noivo. Ela levou o vestido e o devolveu depois pelo Sedex.”
A designer de moda noiva Maísa Pires já chegou a produzir vestidos para noivas, madrinhas, mães e roupas dos noivos de 13 casamentos em um único fim de semana. Para os noivos que acompanham as noivas ao ateliê não se sentirem entediados durante a espera, a empresária Maísa Pires criou a “maridoteca”. O espaço é dedicado ao entretenimento dos homens que podem jogam videogame, sinuca e damas, assistir futebol ou navegar na internet.
Números
Espaço inicial – 280 m²
Espaço atual – 600 m²
Funcionários em 2006 – 2
Funcionários em 2012 – 12
Vestidos confeccionados – 600
Fonte: Correio de Uberlândia
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