Neste ano, 158 presos devem passar o Natal em casa em Uberlândia, com o objetivo de serem ressocializados. Setenta e quatro detentos da Penitenciária Pimenta da Veiga e 84 do Presídio Jacy de Assis receberão o benefício, que é concedido aos que cumprem pena em regime semiaberto ou fazem trabalho externo. No entanto, nas ruas, o assunto divide opiniões.

De acordo com o juiz de execuções penais, Valter Rocha, é o preso que define quando ele mesmo quer sair. “O próprio preso é quem faz um calendário antecipado das datas que eles preferem sair, muitos escolhem Dia das Mães, aniversário dos filhos ou esposas. Esse calendário a gente homologa antecipadamente e tem que ter um prazo de 45 dias entre uma saída para a outra”, explicou.

Além do benefício temporário, no fim do ano é dado o chamado Indulto, o perdão presidencial que pode extinguir toda ou parte da pena. Para isso o preso tem que ter bom comportamento e as outras regras são definas por meio de decreto. “Não existe uma regra básica, há casos que vão depender do que a presidente Dilma colocar agora no decreto e nós aplicamos em cada caso”, disse Valter.

Assunto divide opiniões
A bancária Danutra Queiroz disse que é contra o benefício. “A fuga nessa época do ano aumenta muito, então a probabilidade deles aproveitaram e não voltar é alta”, comentou.

O aposentado Antônio Borges também não concorda com a saída dos presos. “Se eles fizeram qualquer ato acho que eles devem ficar preso porque se eles saem, eles vão fugir e fazer a mesma coisa”, disse.

Já o zootecnista César Augusto Azevedo Prado acredita que a medida pode funcionar. “Eu acho válido apesar dos ‘cenões’ que acontecem, pois todos merecem uma segunda chance”, afirmou.

Fonte: G1